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Ela sozinha num quarto escuro. Ela esta só... Os cabelos mortos no chão. A face marcada por garras, lágrimas e sangue perdidos em seus lábios. Esta nua, banhada com o líquido verde de seus pulsos. Sangue podre de quem vendeu sua alma. Já chorou, gritou e destruiu seu mundo. Ninguém escutou. Ela esta só...
A outra, uma pobre qualquer com peito e sal. Bela, gentil, esperta e amada. Nada demais, uma mortal que ousou ser melhor. Para a inveja cada ato é uma provocação. Os suspiros, desafios e o sorriso, Arsênico. (Por que ela nasceu tão superior, por que eu não fui ela, por que ele não pode me amar...). Ela ria debilmente no escuro. (tirou de mim o respeito, o carinho de todos. Só fui sua sombra, seu capacho). As ilusões somem quando a Senhora de Capa toca nossos lábios. É tarde. Tenta voltar o seu delírio, fazer novamente os motivos serem justos, puros... Nunca foram. Só mesmo num ser doente a inveja brotaria tão forte. Ela esta só...
( A culpa foi dela, tomou tudo de mim, suportei calada sendo sugada) A divina tragédia na noite reinou. A tesoura fatal na noite vagou. A invejosa podre na noite matou. ( Só queira ele e você me roubou) Amarrada num canto a outra ainda sangra, o peito já não bate. Os vermelhos cachos não mais a coroam. A bela face marcada para sempre. Tudo por causa de um tolo. A lâmina fria em seu peito quente. ( No fim você ganhou, será santa e eu monstro). Seu cabelo foi ao chão, as faces marcadas pelas próprias mãos, os pulsos aberto por inveja. As duas iguais assim. A inveja é o fim...
Houve um tempo em que você se vestia bemJogava moedas para os vagabundosNão era assim?As pessoas lhe diziam para se cuidarPorque estava caindo e ia se queimarVocê só sorria, para ironizarAté dos que não tinham onde se deitarAgora não tem mais a empáfiaAgora a sua voz já não diz tanta lábia Você está sozinha agoraSem saber onde vai comer...Deve ser ruim, deve ser ruimNão ter onde ficarCompletamente sozinhaComo uma pedra a rolarNem a sociedadeNem a escola lhe ensinavam nadaPois apenas... te mimavamNinguém falou como é viver na ruaE é ali onde você vai se virarNunca achou que isso fosse lhe acontecerPois sua posição política iria lhe comprometerE agora não tem mais onde irE o seu orgulho nada vale aquiPois não há mais nenhum álibi Nem o que barganharDeve ser ruim, deve ser ruimNão ter aonde ficarCompletamente sozinhaComo uma pedra a rolarNunca encarou os palhaços e mágicosFazendo truques, rindo pra vocêNunca entendeu, que não se podeUsar os outros pra se terO que se querVocê, que desfilava com seu diplomataQue num cavalo reluzente tudo lhe tomavaAgora é tarde para voltarSei que é duro, mas vai aceitarVocê não tem mais nenhum segredoNem mais charme pra jogarDeve ser ruim, deve ser ruimNão ter aonde ficarCompletamente sozinhaComo uma pedra a rolarPrincesa, com seu séquito brilhanteCheia de presentes, pra esnobarAgora não tá fácilTeve que tirar o seu anel de diamantesE penhorarVocê só queria ir se divertirTal qual Napoleão, quando foi mentirE agora não tem nada a fazerQuando não se tem nadaNada se tem a perderVocê está invisível agoraA ilusão acabouDeve ser ruim, deve ser ruimNão ter onde ficarCompletamente sozinhaComo uma pedra a rolar...(autoria de Bob Dylan, versão de Zé Ramalho)
ele não era ninguém, muita barba, pouco cabelo, um velho perdido no mar. As vagas guiavam sua caravela, os sete mares navegou, os sete pecados provou. Sozinho no leme o louco vaga nas vagas, cem anos no mar, a morte esqueceu-se de procurá-lo. Quem ama não morre, apenas vaga em meio ao mar. Nunca parou em porto algum, por cem anos seus pés só conheceram a madeira gasta de sua irmã de missão. Vieram as tempestades e as mulheres, só duraram uma noite. A caravela nunca falhou, seu corpo oco se manteve sobre o lenço infinito. ele nunca mais amou, seu corpo oco se manteve sob o lenço infinito. Em seu peito não havia mais um coração, oferenda a Ela. Em seu leito vieram putas e damas. Vinho e pão nunca faltaram, assim como os corpos quentes. Não amou nada. Só amou Ela.
um jovem que ousou amar. Ela era divina, voz, pele, olhos. A deusa desse pobre louco. Mil juras feitas, mil lagrimas derramadas. Nada A tocou, tão divina que nunca amou. Era noite de luar, nesses dias sempre há luar, ele à Seus pés suplicando um simples olhar. Cercando casal mil rosas vermelhas, havia no chão. A profecia foi feita, quando as mil rosas e o apaixonado estivessem sob Seus pés novamente, Ela seria dele. O vento soprou carregando as mil rosas para o mar, o mar carregou as mil rosas para o infinito e Ela destruiu seu coração. Ela sorria diante do impossível, mas a Lua é mãe, protege seu filho. O mar abriu, o antigo esqueleto voltou do fundo após 500 anos, a ultima caravela a vagar pelo mar pertencia a ele
ele entrou no gigante renascido e buscou por todo o universo. Cada dia, cada rosa uma vitoria. Uma, duas, três, quatrocentas, novecentas e mil. Voltava finalmente ao porto onde começou sua missão. A jornada foi longa, morreram serpentes e sereia. O Kraiken caiu perante o poder de seu amor, Leviatã, guardião da ultima rosa, não mais existe. O mar, infinito, estava livre de seus monstros. A caravela parou, ele desceu. A Lua brilhava novamente e o vento retirava as rosas em direção a Seus pés. ele parou, tocou sua irmã, a caravela se desmontou, voltou ao fundo esperando um novo apaixonado. Obrigado, ele disse por fim.
Ela não mudou, o tempo não ousou tocá-la, sorria em Sua gloria. ele caminhou, as mil rosas no chão, pensava em sua jornada, os medos e alegrias, sua vida. Ela sorria, ele parou, se abaixou, finalmente, pegou uma rosa, Beijo-A em Sua face e foi embora.
A rosa morreu, as rosas morreram, Ela agora é ela e a Lua gargalhou. Ele foi jogar vídeo game, depois saiu para comer um hambúrguer, encontrou na mesa ao lado seu novo amor. O casal viveu feliz...
Capítulo banhado pelo Sol nordestino, na beira da piscina de um hotel 5 estrelas qualquer, onde se confirma o pacto Tupi-Eslavo-Germânico ( vulgo Pacto dos cinco limões) e a qualidade da mulher nacional e admirada por grandes líderes: Como todos sabem, em 2012 tínhamos apenas uma testa-de-ferro na presidência, a verdadeira mente por trás dessa nação (Companheiro L.) estava sentada, com o vasto abdômen a mostra, na beirada de uma piscina tratando do futuro do mundo:-Companheiros vocês não podem negar mulher como as daqui não há em lugar nenhum.Deviam experimentar uma mulatinha, de preferência uma de boas ancas.-De fato são muito bem servidas, mas continuou preferindo minhas alvas alemãs- Responde o presidente Alemão, sentado com o corpo branco lambuzado de filtro solar (fator 60) e cabeleira loira molhada. Seus olhos azuis acompanhado o nadar de duas negras nacionais, suas companheiras para a longa noite.-Deixa de frescura companheiro. Se quiser doce de coco e só ir pro Sul, lá as alemãs são melhores que as importadas-Disse nosso líder em meio aos risos do Russo.-Mas meu amigo latino, temos assuntos mais sérios a tratar...-Tá certo companheiro, deixa eu só pedir algo pra gente beliscar- Não se pode mudar o mundo de estomago vazio- Me vê três caipirinhas e uma porção de isca de peixe. Preparara aqui pros gringos poderem ver como se fazA atendente volta com três limões um baldinho de gelo e uma boa branquinha. Depois de todo o processo ser analisado, vem a prova:- Isso sim devia ser exportado!-Imagine isso com vodka, que estrago!- Pois companheiros quem disse que o Brasil é subdesenvolvido nunca comeu nem bebeu por essas bandas. O autor, preferindo deixar os líderes terem direito a privacidade, vai resumir as conversas daquela manhã: A Alemanha com sua tecnologia química e industrial iria fornecer os produtos necessários, escudos antimísseis desviados da Otan , além do apoio diplomático. Rússia e seu líder P. ficaria fornecendo armas, petróleo e soldados. O Brasil seria o celeiro e devido a sua grande verba investida em espionagem seria o líder das operações secretas. Na hora que a isca de peixe foi servida havia surgido um problema: como trazer armas para o Brasil e manter todo o pacto debaixo dos panos. Um limãozinho sendo partido para por no peixe foi a solução. Nossa pátria se tornava naquele momento uma grande exportadora de limões, na volta os navios viriam com toda a carga...-Um brinde a um futuro brilhante!!- Viva!!Na despedida, houve um último pedido Russo: “será que eu podia levar mais um limãozinho para usar hoje a noite?”.-Mas é claro que pode companheiroUm aperto de mãos e tudo estava selado...
É chegada a hora meus irmãos e irmãs, hora desse país gigante por natureza mostrar suas glórias. Todos se movem para ver o colosso despertar. Cabe a mim, indigno autor, tomadopor litros e litros do mais vagabundo dos vinhos, contar as glórias de um futuro brilhante.Poderia narrar os feitos dos grandes lideres que farão o novo mundo, mas não, isso é dever de míseros historiadores, meros contadores de fatos fabricados. Irei fundo, aonde ninguém irá. Mostrarei como realmente acontecerão os fatos, os verdadeiros heróis do novo tempo.A história dos cinco vagabundos. Para chamar a atenção de algum leitor mais desanimado, num claro exemplo da cara-de-pau desse autor, digo que não faltarão ruivas, morenas e nem loiras. Que Deus ajude tão embriagada mente, se ele estiver muito ocupado certamente Baco estará feliz em dar uma mão.Sem mais desculpas, vamos a história...Capítulo onde se comenta o início da guerra, se revela seus participantes e uma garrafa de vodka sobrevive a um massacre:Tudo começou a mudar no ano de 2012...Com o assassinato do presidente dos EUA e a volta dos republicanos ao poder a guerra contra o terrorismo voltou com força total. De que terra terá vindo aquela maldita bala? Da Coréia? Do Irã?...Provavelmente de algum bêbado racista... O alvo foi fixado. Em nome da justiça , da liberdade e do direito divino americano a Quirguízia foi invadida e destruída em treze dias.Normalmente comunista adora uma divisão interna, mas por ironia- interesse político- os últimos redutos socialistas se uniram em prol dos fracos. China e Coréia do Norte( Cuba virou colônia de férias americana em 2010), saíram em defesa do pais recém destruído. A população sobrevivente (200 homens, 700 mulheres, 5 vacas e uma garrafa de vodka)comemoraram com a nova esperança. Duas bombas, e só sobrou a garrafa. Era guerra.Nos límpidos, puros e cândidos salões da ONU, o mundo se reuniu. De um lado o senhor do mundo (presidente democrático, eleito se fraudes): W.B. e sua cadelinha, digo, a rainha de Inglaterra (velhinha, mas indo muito bem obrigado,para desgosto dos sucessores reais). Do outro os grandes e nobres ditadores orientais. No meio, para mediar a paz e cair em cima da carniça na hora certa a UE e o resto do mundo.Os leitores mais observadores devem estar sentindo falta de duas coisas. Uma seria a Rússia e a outra a putaria propriamente dita. Não se preocupe atento leitor, a Rússia mostra as garras do urso já no próximo capítulo. Já a putaria, para seu desgosto e o desse autor também só vem no terceiro. Fazer o que?Muito foi dito, mas só uma regra foi estabelecida: nada de bombas nucleares. Afinal não se precisa se ter mil dessas coisas, basta uma na cidade certa...A única mudança significativa para o destino global foi um cochicho breve entre o representante brasileiro e o presidente da Rússia. Nunca soube o que foi dito, mas certamente decidiu aquela guerra.
Acordo, meu peito dói. Sede... aquele maldito quase me alejou. Meus poderes não se manifestam... Preciso de sangue... Saiu da casa velha que me serve de abrigo... Não tenho tempo de me arrumar... Preciso agora! Não convém caçar tão perto de casa, certamente terei que arranjar outro lar. Lar, quanto tempo não uso essa palavra...
A presa perfeita, um estuprador conduzindo sua vitima para um beco escuro. Nesses cantos da cidade a vida é assim, eles comandam, a lei é cega. Melhor para mim. Com minha velocidade vampirica me ponho atrás do infeliz casal. Ele nada percebe, ocupado em rasgar as roupas de sua vitima. Eu é quem vou rasgar algo essa noite. Caninos prontos. Ela para de se contorcer, percebeu um perigo maior. Esmago a garganta do idiota com uma das mãos. Não há gritos. Sangue ruim, fraco, anêmico, contaminado por cocaína. Felizmente havia bastante adrenalina ali.
Ela me olha petrificada. Um riso louco nos lábios. Sabe que vai morrer. Aproximo-me, nada faz. Um sangue estranho, quase que ofertado. O gosto é péssimo, mas sorvo até seu peito parar de bater. Ela aceitou seu destino.
A dor para, estou perfeita novamente. Contudo a sede não passa. Será minha ultima noite aqui. Vou me vingar de todos, por que só quero e me vingar dele. Aquele maldito humano. Volto a minha toca. A caçadora esta de volta. Visto meu melhor vestido. Um vermelho intenso, refaço minhas unhas, acerto meus cabelos. Saio para a rua. Preciso achá-lo, mas primeiro terei minha despedida.
O barraco arde em chamas. Não deixo rastros... Caminho em direção a uma festa ali perto. Um baile de quinta. O ambiente é podre, corpos seminus rebolando num palco improvisado, um merda gritando letras proibidas. Provavelmente um aniversário, cinqüenta e poucas pessoas, digo vítimas... Varro o salão com meu olhar, duas saídas, janelas no alto, controle central de luz. Muitos estão armados. È uma comemoração, o alto comando fez um bom negocio. Um cano frio em minha nuca. Certamente a princesinha delicada não deveria estar aqui:
-Tá afim de confusão, garotinha?
- Só vim me diverti um pouco...
- A festa é só parar vipp, vai dando o fora, senão vai ser pior...
Uma mão suja apalpa meu seio. Humanos, basta uma arma e se sentem valentes. Esmago suas bolas com um aperto. Uma bala entra no meu crânio. Confusão geral, armas são engatilhadas. Um outro disparo. Corro para as portas e inutilizo cada uma. A bala já esta no chão e minha cabeça curada. Sangue precioso. Os tiros saem em serie. Alguns tentam arrombar a porta. Com um soco destruo a caixa de força. Trevas... mas não para mim. As balas voam e eu me permito uma gargalhada negra. O medo se espalha. Finco minhas garras num pescoço mais próximo. Pego duas armas no chão, atiro ao acaso. Um, dois... dez. ossos quebrados, carnes rasgadas e sangue brotando. Doce aroma... ninguém sobreviveu...
A sede de vingança continua, mas amanhã ela acabara... lambo os caninos e parto em busca de um novo lar...
Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de
apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que
me fizeste ontem. A noite era quente e calma e eu estava em minha cama,
quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no
meu corpo nu, sem o mínimo pudor!
Percebendo minha aparente indiferença,
aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos. Até nos mais íntimos
lugares. Eu adormeci. Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente,
mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que
entre nós ocorreu durante a noite. Esta noite recolho-me mais cedo, para
na mesma cama te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez
e força.
Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei
quando vir sair o sangue quente do seu corpo. Só assim, livrar-me-ei de ti,
pernilongo Filho da Puta!"
Não nasci para isso... mulheres, nunca vou entende-las. Ontem mesmo. Foi numa boate. Não que eu goste muito desses ambientes, mas uns amigos me chamaram... a musica tava uma merda e eu como sempre deslocado. Foi então que eu a vi. Uma garota pálida, baixinha (para meus padrões...) e muito bonita. Ela me olhou de um jeito estranho e foi logo se aproximando. Quando dei por mim estávamos numa rua deserta nos agarrando. Foi bom, tava tudo perfeito, mas aí eu lembrei Dela. Larguei seu pescoço e deixei ela brincar um pouco. Primeiro foram seus lábios, gelados, depois seus caninos. Havia algo errado, senti um vento gelado. Minha intuição me falando se fudeu. Só podia ser coisa da minha cabeça, mas resolvi não arriscar. Convidei para uma pizza.
No caminho fiz questão de passar por uma igreja, nada aconteceu. Devia estar mesmo neurótico. Sentamos, conversamos um bom tempo. Ela parecia ser legal. Pedi uma pizza com bastante alho, um último teste. Seus caninos eram realmente longos, a pele branca e fria, coincidências demais. Eu que sempre gostei de historias de vampiro não seria uma presa tão fácil. Mal colocou um pedaço na boca e já estava se contorcendo. Era uma vampira. Caralho vampiros existem. Dei um último beijo e sai correndo. Não sem antes pagar a conta...
Voltava pra casa pensando no meu azar (ou sorte?) e no fato dos vampiros realmente existirem. E se houverem mais?... Só sei é que ao tenho sorte com as mulheres. Andava pensante quando fui arremessado no chão pro uma louca. Ela estava muito perturbada. Parecia estar fugindo de algum tarado. Segurei-a até se acalmar e depois segui meu rumo.
O Sino... nova aula... Ela ali tão perto, tão perfeita e eu escrevendo merda. Quem sabe se eu tentar de novo...
- Esta escrevendo o que?
- Nada importante, só decidi ir adiantando minha autobiografia.
- Deixa de ser bobo.
Era a Ti, me tomando a folha. Lia e ria longamente.
- Vampira! Você deve ter enchido a cara, isso sim. Devia parar de ficar imaginando e partir para o real...
- Não é mentira, aconteceu mesmo. Ela quase me mordeu.
- Sei... você tem problema... ficou com alguém pelo menos?
- Com a vampira.
- Vampira, comendo alho? Você realmente devia parar de beber.
- Chata.
- Não entendo porque você não tenta algo real. Não consegue perceber o que sentem as pessoas ao seu redor?
-Você acha mesmo que tenho uma chance?
- Mas é claro! Um convite basta...
- Vou convida-La para sair. Mesmo que ela diga não de novo.
- Idiota!!- recebo um tapa e Ti volta para sua cadeira visivelmente enraivecida. Mulheres...
Oh minha deusa, dei-me força,faça com que eu encontre o amor, que eu seja feliz e que tenha coragem de lutar por Ela, se eu for digno... Vou convidá-La. Talvez depois, Ela é tão perfeita, porque ia olhar para esse simples mortal?
Mais um sino, uma aula a menos. Ela arruma os cabelos atrás da orelha, que linda orelha... olho pela janela, um pombo preto num prédio. Oi pombo, penso comigo... olho um grafite no chão. Oi grafite. Monotonia. Volto a olhar a janela. Caralho, que pombo dos infernos, foi voar, bateu no nada e explodiu. Porra o pombo explodiu, sumiu numa fumaça negra. Como assim? Essa cidade esta doida, vampiros, pombos-bomba, o que mais falta? A Ti não vai acreditar. Vou até o banheiro, lavo o rosto, só pode ser o sono, devia ter dormido mais.
Quando saio, outro susto. Parada na porta do banheiro, me encarando e fazendo bola com um chiclete vermelho esta uma garota divina. Não deve ter mais de um metro e sessenta, mas seus cabelos vermelho fogo, seus lábios pintados da mesma cor, seu corpo totalmente esculpido e seus intensos olhos me dão a certeza de que ela não pode ser humana. Fico preso no seu olhar. Um sorriso em seus lábios, esta claramente se divertindo com meu espanto. Me joga uma moeda:
- Se cuida lindinho, não quero te levar ainda.
Me atrapalho para pegar a moeda, que cai no chão. No instante que desvio o olhar para pega-la escuto um estalo de chiclete sendo estourado. A garota não esta mais ali, sumiu simplesmente. Mais essa agora...
Que Lua linda, pena a noite ser tão suja. Tanto mal espalhado nos becos escuros, tantos humanos se matando. Malditos cães infernais, estão cada vez mais fortes. Alimentados com medo e dor. As trevas estão ganhando essa guerra antiga. Humanos tolos...
O vento é refrescante sob minhas asas. Lá em baixo mais um bêbado é morto. Elas têm tido bastante trabalho... Não cabia a eu interferir, isso é para anjos da guarda. Minha missão é enfrentar o mal, não salvar vidas egoístas e mesquinhas. Só interfiro se eles estiverem no meio...
Sento no topo de um prédio, fecho minhas lindas asas. Observo os poucos humanos andando nas calçadas, tudo normal em seu mundo sem sentido. Fico um bom tempo assim. Minha intuição não falha, estão aqui. As sombras começam a se mover, sobem o prédio, já perceberam minha presença. Enxofre... Dois imensos cães saem do telhado. Seus corpos deformados e os chifres curtos indicam seu posto baixo. Não estão sozinhos, não seriam tão burros.
Uma figura dantesca surge em minha frente, não tem corpo solido realmente. Suas formas são uma espécie de nevoa, nevoa maligna, provocante. Um lindo rosto feminino se forma, adornado de imensos cornos. Minha cabeça deve estar a premio, e com um preço bem alto. Não vou me reder tão fácil. Estava mesmo entediada:
-que bela anjinha temos aqui.
-Não sabia que estava de volta.
-Você nunca sabe de anda, garotinha mimada.
Demônio maldito, ira pagar por essa ofensa. Saco minha espada. Meu corpo brilha minhas asas se abrem plenamente, não tenho como ser derrotada. Os cães vêm rapidamente. Decapitados pela lamina celestinas desaparecem em fumaça sulfurosa. Ela me encara com um sorriso malicioso. Merda, era uma armadilha, meus pés estão presos por imensas garras negras, outras saem do chão e seguram minhas asas. Tento me soltar, corto algumas, mas outras vêm imediatamente. Idiota, só falta ser derrotada assim.
-Menina arrogante, estúpida. Subestimou-me, não cometera nenhum erro mais...
Minha espada esta no chão, meu orgulho ferido, preciso fugir. A nevoa me rodeia, ela ri, retira de seu vestido uma lamina negra.Meu fim. Um som do longe, se aproximando, sinto uma lança atravessar meu corpo. Não é uma lança, é uma flecha. As garras se afastam com sua chegada, atravessou meu corpo e se fincou no chão. Sem dor, o que aconteceu? Pouco importa, tenho que fugir. Pulo em direção a rua:
-Vão atrás dela!
Caio no chão, me machuco um pouco mais, eles estão atrás de mim, corro como uma humana qualquer. È medo o que eu sinto, medo e vergonha. Um grito raivoso:
-Cupido!!
Olho para trás, eles estão perto. Minhas asas somem, meu brilho também, não tenho mais forças. Bato em algo solido, um corpo. Um corpo magro e estranho. Ele vai ao chão eu também. Levanto-me cambaleando, ele me segura. Idiota preciso fugir. Levanta-se, ajeita os óculos e me abraça:
-Se acalme.
Sua voz surge como um mandamento. Sinto meu peito quente, algo nos envolve, me coração desacelera. Uma luz que só eu posso ver. As sombras param e começam a recuar. A luz venceu. Fui salva, salva por um mero humano...
-Desculpa.
Ele me diz, beija meu rosto e se afasta. Segue só pela noite. Eu parada fico olhando meu salvador... Idiota...
Sinto seu cheiro. O doce aroma de seu sangue. Safra boa, 89 provavelmente... Ele é uma presa fácil. Em meio a tanta música, tantos corpos, ele se destaca. Um corpo frágil, recém-nascido, um estranho nesse ambiente doido. Numa boate ninguém conhece ninguém, são apenas vultos. O lugar perfeito para uma caçada.
Chamo a tenção de muitos idiotas, minhas curvas eternas, meus hipnotizantes olhos negros. Tudo contribui para eu ser a perfeita caçadora. Prefiro esses vermes com muitos músculos e pouco cérebro, rostos lindos para minha coleção. É delicioso ver aqueles touros tentando fugir do meu abraço fatal. Não entendem que uma vampira jamais será detida por um humano... A adrenalina é deliciosa, embora não aprecie esses malditos esteróides...
Hoje quero algo novo. Um sangue diferente, mais doce, mais inocente... Aproximo-me daquele corpo magro. Ele esta claramente deslocado. A música alta só permite troca de olhares. Tenta ajeitar os óculos, não esperava que uma garota tão perfeita se aproximasse assim, que o levasse para um canto, beijasse sua boca...
- Você não quer ir para um lugar mais agradável?
Digo com um sorriso malicioso nos lábios. Ele gagueja qualquer coisa...
Estamos andando, andando simplesmente. É engraçado esse espécime, seu coração esta acelerado, mas é apenas nervosismo e desejo. Não sabe como se comportar. Prendo seu corpo contra uma loja. Começo beijá-lo. No inicio ele mal corresponde paralisado. Algo muda, ele passa a corresponder, fazia tempo que eu não sentia isso. Ele quer me agradar, molda suas caricias de acordo com minhas reações, prevendo meus movimentos. Nossas bocas se separam, ele percorre meu pescoço, quanta ironia. Um arrepio gostoso toma conta de mim. Não tenta nada de ousado, mas continua com toda a vontade. Uma presa gentil...
Minha vez de retribuir, o cheiro doce do seu sangue se mistura com seu perfume. A noite esta linda, perfeita para um juntar. Sua jugular pulsa deliciosamente. Meu s lábios e seu pescoço, que combinação divina. Começo a sugar sem ferir. Tão bom, talvez deva deixar para mais tarde, curtir um pouco mais. Ele esta alheio ao perigo. Meus caninos tocam de leve sua pele. O medo não vem. É cedo ainda, a noite é longa. Volto para seus lábios. Ele me aperta contra eu corpo, delicia, sussurra um meu ouvido:
- Quer comer uma pizza?
Controlo-me para não rir, eu toda disponível, “vulnerável” aos seus instintos e ele sendo cavalheiro...
Sentados numa pizzaria quase deserta, minhas pernas a mostra e ele insistindo em olhar em meus olhos. Muito curioso, delicioso diria. Conversamos amenidades, ele me faz rir. Um ritmo seco começa em meu interior. São batidas há muito adormecidas. “Qual você quer?”. “Pode escolher...” digo distraída. “Uma Romana media e dois vinhos...”. Bebemos aos poucos, curtindo o momento. Mostro meus alvos caninos, ele se admira e elogia minha higiene. Bobinho...
A pizza chega, ele me serve, como um pedaço para acompanhá-lo. Meu corpo queima. Filho da puta. Alho. Pareço derreter por dentro, minhas forças desaparecem, dor simplesmente. Ele olha preocupado, beija minha face e diz
- Desculpa...
Saiu solitário pela noite, mas deixou a conta paga e uma idiota se contorcendo.
Maldito...
Por cinco longos anos eu amei você... por cinco longos anos evitei seu olhar... aceitei seus caprichos... me curvei em tudo... tentei ser perfeito para você... Fui burro, esqueci quem realmente eu sou, mostrei uma persona, não fui honesto nem comigo mesmo. Tentei dos modos mais fracassados conseguir você, fiz tudo errado... queria ser o par perfeito pra você, mas me matava ao mesmo tempo. Nunca fiz você rir, nunca consolei seu choro, nunca senti seu peito bater... não era eu... achei que não seria suficiente pra você, só queria ser perfeito...
Fiz tudo tão errado, fui tão bobo... não consegui ver o que você sentia, nem fui seu amigo... nunca olhei em seus olhos... um egoísta preso em sua loucura. Me curvei como um verme, não respondi, não fiz graça, não controlei seus defeitos. Eram todos lindos, sua fixação com o bem supremo, sua teimosia, seu desejo de sempre ter a razão... seu olhar dizendo estão errados... nunca questionei, porque te amava... porque não entendia o que é amor...
Seu encanto acabou, seu sorriso não brilha mais, não é mais perfeita. Nunca foi... busca sempre um cara perfeito, mas nunca vai acha-lo... O mundo não gira ao seu redor, seu rosto bravo não vai fazê-lo girar... e agora meu mundo também não gira mais.
Nunca serei perfeito, mas tenho certeza que farei a musa que me quiser feliz... existem outras flores no jardim, você foi minha rosa, mas agora vejo os espinhos e como eles me mataram aos poucos. Dói ter de tirar você do centro mas preciso de espaço para outras flores mais importantes. É claro que podemos ser amigos, adoraria te conhecer realmente. Contudo, as regras são claras: não mudo minha opinião com cara feia... vou fazer piadas que nem sempre te agradarão... se me zoar terá volta... será tratada como qualquer outra...
Infelizmente, hoje vejo que nem mesmo era a flor mais linda, você é apenas a flor que eu realmente amei. Em cada uma que eu busquei só queria esquecer você... aos poucos elas foram te sufocando, mas mesmo assim ainda lhe amava. Você foi quem me fez esquecer...
A vida vai continuar, o universo não sentirá este texto, o meu universo esta destruído, mas o seu esta faltando um pedaço agora... Desejo felicidades e que você tenha o destino que desejou. O universo escuta o que pedimos, você terá o que deseja e terei também... Meu universo, meu jardim, minha vida voltará a ter o brilho protetor da Lua e retomarei de onde parei há cinco anos atrás... sempre irei estar do seu lado e lhe protegendo, apenas não posso mais ama-la... vou esperar a proxima chuva vim lavar minha alma e fazer brotar meu peito. Por favor chuva, venha...
Felicidades à nós dois...
Cansei simplesmente...
Cansei de tentar ser um cara legal....
Cansei de ser educado... de olhar nos olhos... de não manipular...
Cansei de tentar ajudar as pessoas ao meu redor... de perceber seus problemas...
Cansei de ser sincero... de confiar... de me cegar...
Tem muita merda nesse mundo. Merda demais...
Se falo com uma garota é sinal que quero leva-la pra cama
Se olho a meu redor e tento ajudar, vejo que sou incapaz
Procuro ser um cara legal, o que ganho? Sou tratado como esses idiotas por ai
Cansei por fim...
Serei outro
Vou ser o babaca
Te enganar
Te manipular
Te fazer sofrer
É o que você quer, no fundo é o que todas querem
Querem sofrer, ser feridas e traídas
Não querem um olhar
Não querem um jardineiro
Não querem ser protegidas ou zeladas
Me tornarei aquilo que repudio só por você
Lhe daria as rosas, mas você só quer os espinhos
Serão seus... serão de todas... de todos e tudo
Cada flor que cultivei, não me importo mais
Você me pediu, me ordenou
Não pude ser fraco...
Não preciso mais ser fraco
Agora posso ser simplesmente babaca
É o que você quer!
É o que todas querem...
Obrigado por ter aberto meus olhos
Olhos opacos que não olham, mas hipnotizam e manipulam
Mãos que não acolhem, mas prendem e sufocam
Por fim é hora de uma nova dança
Uma dança em que não mais serei guiado
Quer vir dançar comigo?
Agora você deve querer...
Cansei simplesmente...
Mulheres são como flores... Não pensem que estou generalizando (tenho um certo trauma disso), mas é a verdade. Cada uma é única... Cada uma precisa de um cuidado diferente...
É difícil entender a mente feminina, suas necessidades e seus desejos, contudo, o esforço é recompensado. Não existe beleza maior que a de uma mulher quando desabrocha.
Existem Rosas, Lírios, Orquídeas, Margaridas, Bromélias...
Algumas precisam de cuidados, carinho, um chão para crescer, Luz...
Outras precisam sair da semente, ser podadas e escoradas, para assim crescer...
São flores, lindas e com espinhos...Só há uma maneira de ajuda-las:
Olhar nós olhos de cada uma e ver do que ela necessita realmente.
Busco cuidar das que me cercam, mas é difícil... não posso simplesmente
deixa-las morrer, mas as vezes não sei como...
No fim o esforço vale a pena, quando elas finalmente se amam suas pétalas se abrem
E todos podem perceber que onde havia uma semente hoje tem uma linda flor...
As palavras são tão voláteis... Falsas e frias... quando se esta perto de quem se gosta o que conta é o olhar. As vezes são olhares com lágrimas, olhares com medo, solidão... são olhos desesperados clamando socorro. Não é preciso palavras, basta olhar realmente... Normalmente os problemas não desaparecem quando olhamos, mas os olhares de solidariedade fazem com que eles sejam mais leves. É bom ter um amigo(a) que olha por nós...
Há outros tipos de olhares, olhares de alegria, de amor ou desejo. Esses são mais gostosos fazem nosso peito acelerar e tempo parar. É estranho como a eternidade é curta quando se olha nos olhos de quem é importante para nós... Têm olhares cómicos e de segredos, mas o melhor mesmo é o olhar de alma. Ele vai tão fundo que se conversa sem sons, sabemos exatamente o que o outro pensa, sentimos o que o outro sente. Isso é viver realmente.É bom saber que temos amigos que conseguem ter esse elo com a gente, EI NERD! Você é um deles (valeu por olhar nos meus olhos Jess...).Cada pessoa tem um olhar único e precioso, por isso toda vez que for conversar com alguém, tenha coragem e olhe em seus olhos...
( mais um texto sem grande finalidade pratica, pode pular se quiser...)
Me pergunto se vale a pena chover... as gotas, caem... as gotas penetram... as gotas correm...as mesmas gotas sobem e caem... Desde do primeiro dia, a água repete seu ciclo, os mesmos átomos já lavaram os dinossauros, os gregos, os ingleses, as guerras e a dona Maria. Vivem seu ciclo, tolo e repetitivo, dia após dia. Para as gotas chover não passa de uma obrigação, sua pequena contribuição para a vida na Terra. As plantas e os animais veneram a chuva como seu próprio deus. Alguns se escondem temendo seus raios, outras se abrem esperando o néctar da vida. E quanto a nós, humanos?
Não precisamos realmente da chuva. Nem ao menos sentimos algo de divino nela. São apenas aglomerações de átomos de oxigênio e hidrogênio na forma líquida diluindo anidridos. Para nós o ciclo pode ser quebrado, nossas cérebros, maquinas, computadores e egoísmo permitem o domínio sobre a vida no planeta. Quem precisa da chuva? O planeta precisa... precisava... agora ele tem a nós, seus deuses e guardiões.
Os caprichos das pequenas gotas não ditam mais onde haverá vida. As egoístas moléculas são meros Serafins em nosso Panteão. Somos mais de 6 bilhões. Todos vivendo vida plena e feliz. Guiando, moldando, matando...Um único ser humano vale mais que todo esse circular aglomerado de átomos. Tudo é nosso! Não vale a pena chover! Nem uma misera gota deve ser presa nesse maçante ciclo, novamente...
Também sou humano... Sou deus e Senhor... Moldo e manipulo tudo e a todos... Mas sinto o vazio... nada ao meu redor vale a pena. Mandar em que se nada existe? Se laços que nós unem são somente medos? Há muito não sinto mais o Amor. Ele não existe, nada existe. Criando a sociedade, criando nossos laços, destruímos a tudo e a todos. Alguns fogem dos meus olhos por medo. Outros me encaram, mantém o olhar fixo, sem nada ver , por medo.Há ainda uns poucos que me olham como eu os olhos. Sem realmente amar, sem realmente se permitir ser vitima dessa moléstia erradicada. Nossos olhares são de pena, sentimento podre mais próximo que nos permitimos chegar do amor. Olhar de pena e medo...
Me pergunto se vale a pena chover... as gotas caem... o Ar muda, surgem cheiros, o ar ganha sabor... a Terra muda, surgem cores, a terra recebe o milagre... o Fogo muda, surgem desafios, o fogo agradece a luta... a Água muda, ela ri ,canta, esta unida novamente. Corre forte, nada a detém. É única em seu momento de gloria. Rainha,mãe e donzela. Domina seus servos, ama seus filhos e se abre aos seus amantes. Cada gota é o Amor gritando e clamando liberdade. Por um momento, cada ser humano pode senti-lo. Ele existe e toca alguns corações. As sementes, cada ser humano, podem finalmente germinar, podem crescer e dar frutos. Novas sementes de amor irão surgir. Ficarão dormentes até que a próxima chuva venha e salve mais alguns humanos.
Me pergunto se vale a pena chover... todos se perguntam... hoje só peço...Chuva venha, por favor...
(Obrigado por chover...)
( sugiro que não leiam isso, não é nem mesmo um texto bom. Ficou muito ruim mesmo, aula ruim no dia... contudo tive que posta-lo. Pra bom entendedor meia palavra basta, pra alguns tenho que escrever um texto...)
Concebido em tão alva latrina. Baço brilho, infecto rio. Rodeado por muitos, adorado, amado, cagado. Vermes clamam, parasitos, ratos e pragas. Escatológico e negro poço de horror. Os carniceiros chegam. O rito começará...
Cheiro, textura, gosto e sabor. Reis e duques, urubus e incestos. A corja real toca sua fanfarra. Bailam com facas nas mãos.Banhadas com seus sangues, doces linfas fétidas. Beijos com garras, venenosos cálices, presas com beijos. Dilaceram a vida que geme, que luta, que lutou... Não sentem, apenas destroem. Querem o poder, o brilho. Gemem e transpiram. Não os culpo, nasceram para isso, só sabem isso. Nunca ninguém olhou por eles, nunca se quer foram amados.
Nosso turno chega, a valsa dos fracos começará. Meras pragas, sem brilho. Presos por exoesqueletos, dança sem som. Calados, seguindo as margens do rio da vida. Sentados no no negro banquete, servis aos grandes, espalhando a dor que os prende. Ventres peludos, rodeando apenas. Ratos assustados, cercando a grande obra. O que fazemos aqui? No peito covarde, um diminuto órgão bate. Quer os campos de espigas, os celeiros de grãos, sair do esgoto, viver apenas. Muitos morrerão no sonho, outros unidos, levantarão vôo e viverão no sonho. A fé existe, o amor grita calado: fugir. Não nos culpo por isso. Nunca ninguém se salvou, nunca fomos se quer resgatados. Mesmo a sim não desistiremos...
Nos estufados ventres, aí estão os parasitas. Dos outros tenho pena, são suas naturezas e sinas. Desses só raiva... incompletos, fatais, corrosivos, ácidos e básicos. Correndo como louco nas pernas dos maiores. Nem se quer se incomodam, nem ao menos desejam viver. Incapazes de um amor próprio se alimentam do que tem: a vida de outros. Reúnem-se na desgraça, fortes com a dor, a morte, o fim, Seus ganchos, ventosas, escólex só ferem, sangram e necrosam no que tocam. O ar a sua volta é enxofre. Pícrico ácido suas invejas. Não vivem do fétido barro, vivem nele, são ele...Plasmodium, Oxiurus, Necator, Wuchereria. Elementos corrompidos, sem paz, ao seu contato.Terra salgada, ar em cianeto, fogo metanico e ausente água. Nem o rio da vida ou o dos mortos corre ao seu lado. Sem descanço em vida, que vida? Ou na morte, que morte? Nunca conhecerão o Amor, só vivem do auto-flagelamento e da inveja. Não compreendem que as franquezas dos outros não são engraçadas, boas e felizes. Se alimentam disso achando que se fortalecem, mas SOMOS O QUE COMEMOS... Me perguntam se tenho pena... respondo...vermes são vermes porque vermes são. A pena, o mais triste, confuso e hipócrita sentimento, deve ser reservado aos vivos que sofrem. Os vermes sofrem, mas não vivem. Como pode viver algo que nem tem amor próprio?
Deem boas vindas ao novo mascote do blog:
O Porco-Lula
Os transgênicos são a nova face da tecnologia. Através da manipulação genética, processo de modificação de genes ou de transferência destes de maneira interespecifica, gera super alimentos. Os cientistas conseguem coloca vitamina C em alface, adoçar tomates, criar variedades resistentes as pragas e num futuro é possível que galinha consiga produzir leite.
A relação ambiental deixa de o ambiente, o vento, as chuvas, os predadores e o solo viram apenas espectadores dos grandes cientistas, os deuses acima da natureza. Muitos dizem: “Os transgênicos poderão acabar com a fome”, “a manipulação genética vai garantir todos os nutrientes necessários para nós”, “as pragas serão exterminadas” e há ainda os sonhadores (“meu milho vai brilhar no escuro”). Cada um desses argumentos pode ser posto no chão, através da argumentação simples.
A fome não irá acabar, pois vivemos num sistema capitalista. A fome, a miséria são seus pilares. A produção mundial pode ser o triplo mas a África continuara com fome. Os nutrientes colocados em produtos pode ser encontrados na natureza sem grandes dificuldades.Todo ambiente natural se desenvolveu de acordo com as necessidades de seus habitantes e vice-e-versa. Se um nativo precisa de vitamina C é certo que alguma árvore da região gerará uma fruta com a tal vitamina. Se houver nenhuma é porque o individuo não carece desse nutriente.Ao invés de incentivar monocultura de transgénicos, o que sem dúvida alguma gera pragas ainda mais fortes e com mais facilidade, deveríamos dar incentivo a policultura orgânica.somente um ambiente equilibrado com o meio ao redor cresce forte, livre de pragas e tem uma produtividade excelente.
Contra os transgénicos ainda temos a falta de estudo sobre seus efeitos e a questão ética. Não sabemos ainda se tais geram doenças ou se afetam de modo catastrófico o meio ao redor.É preciso muito estudo, muito dinheiro desperdiçado... no campo ético nos vem os valores. É certo transformar o mundo em uma horta para a raça humana? É certo nós brincarmos de ser Deus e criar um porco que mia? É certo nós destruirmos 10 milhões de anos de seleção natural? Essas perguntas tem respostas pessoais. É uma questão de valores (tem gente que tem, outros não...).
Ah, quanto à questão do milho que brilha no escuro, fica um recado aos cientistas, pega ele e enfia no... microondas, para ver o que acontece.
fim
aos que ficam boa noite e um brinde
Salve Salve
Bem vindos, sentem tirem os sapatos, puxem um baralho e abram uma fanta gelada
The Birosca ressurge das cinzas, volta do inferno para o deleite de todos e para o bem da nação
Se preparem para um Ph inferior a 1 (não pude perder a piada quimica...) nos textos e adoráveis ironias
A inspiração não faltará, ainda mais com minha pequena me musa iluminando
Um brinde ao futuro, a ironia e a força de nossos desejos