Coprofilia I

terça-feira, 7 de julho de 2009
( sugiro que não leiam isso, não é nem mesmo um texto bom. Ficou muito ruim mesmo, aula ruim no dia... contudo tive que posta-lo. Pra bom entendedor meia palavra basta, pra alguns tenho que escrever um texto...)

Concebido em tão alva latrina. Baço brilho, infecto rio. Rodeado por muitos, adorado, amado, cagado. Vermes clamam, parasitos, ratos e pragas. Escatológico e negro poço de horror. Os carniceiros chegam. O rito começará...
Cheiro, textura, gosto e sabor. Reis e duques, urubus e incestos. A corja real toca sua fanfarra. Bailam com facas nas mãos.Banhadas com seus sangues, doces linfas fétidas. Beijos com garras, venenosos cálices, presas com beijos. Dilaceram a vida que geme, que luta, que lutou... Não sentem, apenas destroem. Querem o poder, o brilho. Gemem e transpiram. Não os culpo, nasceram para isso, só sabem isso. Nunca ninguém olhou por eles, nunca se quer foram amados.
Nosso turno chega, a valsa dos fracos começará. Meras pragas, sem brilho. Presos por exoesqueletos, dança sem som. Calados, seguindo as margens do rio da vida. Sentados no no negro banquete, servis aos grandes, espalhando a dor que os prende. Ventres peludos, rodeando apenas. Ratos assustados, cercando a grande obra. O que fazemos aqui? No peito covarde, um diminuto órgão bate. Quer os campos de espigas, os celeiros de grãos, sair do esgoto, viver apenas. Muitos morrerão no sonho, outros unidos, levantarão vôo e viverão no sonho. A fé existe, o amor grita calado: fugir. Não nos culpo por isso. Nunca ninguém se salvou, nunca fomos se quer resgatados. Mesmo a sim não desistiremos...
Nos estufados ventres, aí estão os parasitas. Dos outros tenho pena, são suas naturezas e sinas. Desses só raiva... incompletos, fatais, corrosivos, ácidos e básicos. Correndo como louco nas pernas dos maiores. Nem se quer se incomodam, nem ao menos desejam viver. Incapazes de um amor próprio se alimentam do que tem: a vida de outros. Reúnem-se na desgraça, fortes com a dor, a morte, o fim, Seus ganchos, ventosas, escólex só ferem, sangram e necrosam no que tocam. O ar a sua volta é enxofre. Pícrico ácido suas invejas. Não vivem do fétido barro, vivem nele, são ele...Plasmodium, Oxiurus, Necator, Wuchereria. Elementos corrompidos, sem paz, ao seu contato.Terra salgada, ar em cianeto, fogo metanico e ausente água. Nem o rio da vida ou o dos mortos corre ao seu lado. Sem descanço em vida, que vida? Ou na morte, que morte? Nunca conhecerão o Amor, só vivem do auto-flagelamento e da inveja. Não compreendem que as franquezas dos outros não são engraçadas, boas e felizes. Se alimentam disso achando que se fortalecem, mas SOMOS O QUE COMEMOS... Me perguntam se tenho pena... respondo...vermes são vermes porque vermes são. A pena, o mais triste, confuso e hipócrita sentimento, deve ser reservado aos vivos que sofrem. Os vermes sofrem, mas não vivem. Como pode viver algo que nem tem amor próprio?

0 comentários:

Postar um comentário