Ela sozinha num quarto escuro. Ela esta só... Os cabelos mortos no chão. A face marcada por garras, lágrimas e sangue perdidos em seus lábios. Esta nua, banhada com o líquido verde de seus pulsos. Sangue podre de quem vendeu sua alma. Já chorou, gritou e destruiu seu mundo. Ninguém escutou. Ela esta só...
A outra, uma pobre qualquer com peito e sal. Bela, gentil, esperta e amada. Nada demais, uma mortal que ousou ser melhor. Para a inveja cada ato é uma provocação. Os suspiros, desafios e o sorriso, Arsênico. (Por que ela nasceu tão superior, por que eu não fui ela, por que ele não pode me amar...). Ela ria debilmente no escuro. (tirou de mim o respeito, o carinho de todos. Só fui sua sombra, seu capacho). As ilusões somem quando a Senhora de Capa toca nossos lábios. É tarde. Tenta voltar o seu delírio, fazer novamente os motivos serem justos, puros... Nunca foram. Só mesmo num ser doente a inveja brotaria tão forte. Ela esta só...
( A culpa foi dela, tomou tudo de mim, suportei calada sendo sugada) A divina tragédia na noite reinou. A tesoura fatal na noite vagou. A invejosa podre na noite matou. ( Só queira ele e você me roubou) Amarrada num canto a outra ainda sangra, o peito já não bate. Os vermelhos cachos não mais a coroam. A bela face marcada para sempre. Tudo por causa de um tolo. A lâmina fria em seu peito quente. ( No fim você ganhou, será santa e eu monstro). Seu cabelo foi ao chão, as faces marcadas pelas próprias mãos, os pulsos aberto por inveja. As duas iguais assim. A inveja é o fim...
Reinaugurando! Como iniciar Projetos
Há 9 anos
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