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ele não era ninguém, muita barba, pouco cabelo, um velho perdido no mar. As vagas guiavam sua caravela, os sete mares navegou, os sete pecados provou. Sozinho no leme o louco vaga nas vagas, cem anos no mar, a morte esqueceu-se de procurá-lo. Quem ama não morre, apenas vaga em meio ao mar. Nunca parou em porto algum, por cem anos seus pés só conheceram a madeira gasta de sua irmã de missão. Vieram as tempestades e as mulheres, só duraram uma noite. A caravela nunca falhou, seu corpo oco se manteve sobre o lenço infinito. ele nunca mais amou, seu corpo oco se manteve sob o lenço infinito. Em seu peito não havia mais um coração, oferenda a Ela. Em seu leito vieram putas e damas. Vinho e pão nunca faltaram, assim como os corpos quentes. Não amou nada. Só amou Ela.
um jovem que ousou amar. Ela era divina, voz, pele, olhos. A deusa desse pobre louco. Mil juras feitas, mil lagrimas derramadas. Nada A tocou, tão divina que nunca amou. Era noite de luar, nesses dias sempre há luar, ele à Seus pés suplicando um simples olhar. Cercando casal mil rosas vermelhas, havia no chão. A profecia foi feita, quando as mil rosas e o apaixonado estivessem sob Seus pés novamente, Ela seria dele. O vento soprou carregando as mil rosas para o mar, o mar carregou as mil rosas para o infinito e Ela destruiu seu coração. Ela sorria diante do impossível, mas a Lua é mãe, protege seu filho. O mar abriu, o antigo esqueleto voltou do fundo após 500 anos, a ultima caravela a vagar pelo mar pertencia a ele
ele entrou no gigante renascido e buscou por todo o universo. Cada dia, cada rosa uma vitoria. Uma, duas, três, quatrocentas, novecentas e mil. Voltava finalmente ao porto onde começou sua missão. A jornada foi longa, morreram serpentes e sereia. O Kraiken caiu perante o poder de seu amor, Leviatã, guardião da ultima rosa, não mais existe. O mar, infinito, estava livre de seus monstros. A caravela parou, ele desceu. A Lua brilhava novamente e o vento retirava as rosas em direção a Seus pés. ele parou, tocou sua irmã, a caravela se desmontou, voltou ao fundo esperando um novo apaixonado. Obrigado, ele disse por fim.
Ela não mudou, o tempo não ousou tocá-la, sorria em Sua gloria. ele caminhou, as mil rosas no chão, pensava em sua jornada, os medos e alegrias, sua vida. Ela sorria, ele parou, se abaixou, finalmente, pegou uma rosa, Beijo-A em Sua face e foi embora.
A rosa morreu, as rosas morreram, Ela agora é ela e a Lua gargalhou. Ele foi jogar vídeo game, depois saiu para comer um hambúrguer, encontrou na mesa ao lado seu novo amor. O casal viveu feliz...
Capítulo banhado pelo Sol nordestino, na beira da piscina de um hotel 5 estrelas qualquer, onde se confirma o pacto Tupi-Eslavo-Germânico ( vulgo Pacto dos cinco limões) e a qualidade da mulher nacional e admirada por grandes líderes: Como todos sabem, em 2012 tínhamos apenas uma testa-de-ferro na presidência, a verdadeira mente por trás dessa nação (Companheiro L.) estava sentada, com o vasto abdômen a mostra, na beirada de uma piscina tratando do futuro do mundo:-Companheiros vocês não podem negar mulher como as daqui não há em lugar nenhum.Deviam experimentar uma mulatinha, de preferência uma de boas ancas.-De fato são muito bem servidas, mas continuou preferindo minhas alvas alemãs- Responde o presidente Alemão, sentado com o corpo branco lambuzado de filtro solar (fator 60) e cabeleira loira molhada. Seus olhos azuis acompanhado o nadar de duas negras nacionais, suas companheiras para a longa noite.-Deixa de frescura companheiro. Se quiser doce de coco e só ir pro Sul, lá as alemãs são melhores que as importadas-Disse nosso líder em meio aos risos do Russo.-Mas meu amigo latino, temos assuntos mais sérios a tratar...-Tá certo companheiro, deixa eu só pedir algo pra gente beliscar- Não se pode mudar o mundo de estomago vazio- Me vê três caipirinhas e uma porção de isca de peixe. Preparara aqui pros gringos poderem ver como se fazA atendente volta com três limões um baldinho de gelo e uma boa branquinha. Depois de todo o processo ser analisado, vem a prova:- Isso sim devia ser exportado!-Imagine isso com vodka, que estrago!- Pois companheiros quem disse que o Brasil é subdesenvolvido nunca comeu nem bebeu por essas bandas. O autor, preferindo deixar os líderes terem direito a privacidade, vai resumir as conversas daquela manhã: A Alemanha com sua tecnologia química e industrial iria fornecer os produtos necessários, escudos antimísseis desviados da Otan , além do apoio diplomático. Rússia e seu líder P. ficaria fornecendo armas, petróleo e soldados. O Brasil seria o celeiro e devido a sua grande verba investida em espionagem seria o líder das operações secretas. Na hora que a isca de peixe foi servida havia surgido um problema: como trazer armas para o Brasil e manter todo o pacto debaixo dos panos. Um limãozinho sendo partido para por no peixe foi a solução. Nossa pátria se tornava naquele momento uma grande exportadora de limões, na volta os navios viriam com toda a carga...-Um brinde a um futuro brilhante!!- Viva!!Na despedida, houve um último pedido Russo: “será que eu podia levar mais um limãozinho para usar hoje a noite?”.-Mas é claro que pode companheiroUm aperto de mãos e tudo estava selado...
É chegada a hora meus irmãos e irmãs, hora desse país gigante por natureza mostrar suas glórias. Todos se movem para ver o colosso despertar. Cabe a mim, indigno autor, tomadopor litros e litros do mais vagabundo dos vinhos, contar as glórias de um futuro brilhante.Poderia narrar os feitos dos grandes lideres que farão o novo mundo, mas não, isso é dever de míseros historiadores, meros contadores de fatos fabricados. Irei fundo, aonde ninguém irá. Mostrarei como realmente acontecerão os fatos, os verdadeiros heróis do novo tempo.A história dos cinco vagabundos. Para chamar a atenção de algum leitor mais desanimado, num claro exemplo da cara-de-pau desse autor, digo que não faltarão ruivas, morenas e nem loiras. Que Deus ajude tão embriagada mente, se ele estiver muito ocupado certamente Baco estará feliz em dar uma mão.Sem mais desculpas, vamos a história...Capítulo onde se comenta o início da guerra, se revela seus participantes e uma garrafa de vodka sobrevive a um massacre:Tudo começou a mudar no ano de 2012...Com o assassinato do presidente dos EUA e a volta dos republicanos ao poder a guerra contra o terrorismo voltou com força total. De que terra terá vindo aquela maldita bala? Da Coréia? Do Irã?...Provavelmente de algum bêbado racista... O alvo foi fixado. Em nome da justiça , da liberdade e do direito divino americano a Quirguízia foi invadida e destruída em treze dias.Normalmente comunista adora uma divisão interna, mas por ironia- interesse político- os últimos redutos socialistas se uniram em prol dos fracos. China e Coréia do Norte( Cuba virou colônia de férias americana em 2010), saíram em defesa do pais recém destruído. A população sobrevivente (200 homens, 700 mulheres, 5 vacas e uma garrafa de vodka)comemoraram com a nova esperança. Duas bombas, e só sobrou a garrafa. Era guerra.Nos límpidos, puros e cândidos salões da ONU, o mundo se reuniu. De um lado o senhor do mundo (presidente democrático, eleito se fraudes): W.B. e sua cadelinha, digo, a rainha de Inglaterra (velhinha, mas indo muito bem obrigado,para desgosto dos sucessores reais). Do outro os grandes e nobres ditadores orientais. No meio, para mediar a paz e cair em cima da carniça na hora certa a UE e o resto do mundo.Os leitores mais observadores devem estar sentindo falta de duas coisas. Uma seria a Rússia e a outra a putaria propriamente dita. Não se preocupe atento leitor, a Rússia mostra as garras do urso já no próximo capítulo. Já a putaria, para seu desgosto e o desse autor também só vem no terceiro. Fazer o que?Muito foi dito, mas só uma regra foi estabelecida: nada de bombas nucleares. Afinal não se precisa se ter mil dessas coisas, basta uma na cidade certa...A única mudança significativa para o destino global foi um cochicho breve entre o representante brasileiro e o presidente da Rússia. Nunca soube o que foi dito, mas certamente decidiu aquela guerra.
Acordo, meu peito dói. Sede... aquele maldito quase me alejou. Meus poderes não se manifestam... Preciso de sangue... Saiu da casa velha que me serve de abrigo... Não tenho tempo de me arrumar... Preciso agora! Não convém caçar tão perto de casa, certamente terei que arranjar outro lar. Lar, quanto tempo não uso essa palavra...
A presa perfeita, um estuprador conduzindo sua vitima para um beco escuro. Nesses cantos da cidade a vida é assim, eles comandam, a lei é cega. Melhor para mim. Com minha velocidade vampirica me ponho atrás do infeliz casal. Ele nada percebe, ocupado em rasgar as roupas de sua vitima. Eu é quem vou rasgar algo essa noite. Caninos prontos. Ela para de se contorcer, percebeu um perigo maior. Esmago a garganta do idiota com uma das mãos. Não há gritos. Sangue ruim, fraco, anêmico, contaminado por cocaína. Felizmente havia bastante adrenalina ali.
Ela me olha petrificada. Um riso louco nos lábios. Sabe que vai morrer. Aproximo-me, nada faz. Um sangue estranho, quase que ofertado. O gosto é péssimo, mas sorvo até seu peito parar de bater. Ela aceitou seu destino.
A dor para, estou perfeita novamente. Contudo a sede não passa. Será minha ultima noite aqui. Vou me vingar de todos, por que só quero e me vingar dele. Aquele maldito humano. Volto a minha toca. A caçadora esta de volta. Visto meu melhor vestido. Um vermelho intenso, refaço minhas unhas, acerto meus cabelos. Saio para a rua. Preciso achá-lo, mas primeiro terei minha despedida.
O barraco arde em chamas. Não deixo rastros... Caminho em direção a uma festa ali perto. Um baile de quinta. O ambiente é podre, corpos seminus rebolando num palco improvisado, um merda gritando letras proibidas. Provavelmente um aniversário, cinqüenta e poucas pessoas, digo vítimas... Varro o salão com meu olhar, duas saídas, janelas no alto, controle central de luz. Muitos estão armados. È uma comemoração, o alto comando fez um bom negocio. Um cano frio em minha nuca. Certamente a princesinha delicada não deveria estar aqui:
-Tá afim de confusão, garotinha?
- Só vim me diverti um pouco...
- A festa é só parar vipp, vai dando o fora, senão vai ser pior...
Uma mão suja apalpa meu seio. Humanos, basta uma arma e se sentem valentes. Esmago suas bolas com um aperto. Uma bala entra no meu crânio. Confusão geral, armas são engatilhadas. Um outro disparo. Corro para as portas e inutilizo cada uma. A bala já esta no chão e minha cabeça curada. Sangue precioso. Os tiros saem em serie. Alguns tentam arrombar a porta. Com um soco destruo a caixa de força. Trevas... mas não para mim. As balas voam e eu me permito uma gargalhada negra. O medo se espalha. Finco minhas garras num pescoço mais próximo. Pego duas armas no chão, atiro ao acaso. Um, dois... dez. ossos quebrados, carnes rasgadas e sangue brotando. Doce aroma... ninguém sobreviveu...
A sede de vingança continua, mas amanhã ela acabara... lambo os caninos e parto em busca de um novo lar...
Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de
apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que
me fizeste ontem. A noite era quente e calma e eu estava em minha cama,
quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no
meu corpo nu, sem o mínimo pudor!
Percebendo minha aparente indiferença,
aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos. Até nos mais íntimos
lugares. Eu adormeci. Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente,
mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que
entre nós ocorreu durante a noite. Esta noite recolho-me mais cedo, para
na mesma cama te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez
e força.
Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei
quando vir sair o sangue quente do seu corpo. Só assim, livrar-me-ei de ti,
pernilongo Filho da Puta!"
Não nasci para isso... mulheres, nunca vou entende-las. Ontem mesmo. Foi numa boate. Não que eu goste muito desses ambientes, mas uns amigos me chamaram... a musica tava uma merda e eu como sempre deslocado. Foi então que eu a vi. Uma garota pálida, baixinha (para meus padrões...) e muito bonita. Ela me olhou de um jeito estranho e foi logo se aproximando. Quando dei por mim estávamos numa rua deserta nos agarrando. Foi bom, tava tudo perfeito, mas aí eu lembrei Dela. Larguei seu pescoço e deixei ela brincar um pouco. Primeiro foram seus lábios, gelados, depois seus caninos. Havia algo errado, senti um vento gelado. Minha intuição me falando se fudeu. Só podia ser coisa da minha cabeça, mas resolvi não arriscar. Convidei para uma pizza.
No caminho fiz questão de passar por uma igreja, nada aconteceu. Devia estar mesmo neurótico. Sentamos, conversamos um bom tempo. Ela parecia ser legal. Pedi uma pizza com bastante alho, um último teste. Seus caninos eram realmente longos, a pele branca e fria, coincidências demais. Eu que sempre gostei de historias de vampiro não seria uma presa tão fácil. Mal colocou um pedaço na boca e já estava se contorcendo. Era uma vampira. Caralho vampiros existem. Dei um último beijo e sai correndo. Não sem antes pagar a conta...
Voltava pra casa pensando no meu azar (ou sorte?) e no fato dos vampiros realmente existirem. E se houverem mais?... Só sei é que ao tenho sorte com as mulheres. Andava pensante quando fui arremessado no chão pro uma louca. Ela estava muito perturbada. Parecia estar fugindo de algum tarado. Segurei-a até se acalmar e depois segui meu rumo.
O Sino... nova aula... Ela ali tão perto, tão perfeita e eu escrevendo merda. Quem sabe se eu tentar de novo...
- Esta escrevendo o que?
- Nada importante, só decidi ir adiantando minha autobiografia.
- Deixa de ser bobo.
Era a Ti, me tomando a folha. Lia e ria longamente.
- Vampira! Você deve ter enchido a cara, isso sim. Devia parar de ficar imaginando e partir para o real...
- Não é mentira, aconteceu mesmo. Ela quase me mordeu.
- Sei... você tem problema... ficou com alguém pelo menos?
- Com a vampira.
- Vampira, comendo alho? Você realmente devia parar de beber.
- Chata.
- Não entendo porque você não tenta algo real. Não consegue perceber o que sentem as pessoas ao seu redor?
-Você acha mesmo que tenho uma chance?
- Mas é claro! Um convite basta...
- Vou convida-La para sair. Mesmo que ela diga não de novo.
- Idiota!!- recebo um tapa e Ti volta para sua cadeira visivelmente enraivecida. Mulheres...
Oh minha deusa, dei-me força,faça com que eu encontre o amor, que eu seja feliz e que tenha coragem de lutar por Ela, se eu for digno... Vou convidá-La. Talvez depois, Ela é tão perfeita, porque ia olhar para esse simples mortal?
Mais um sino, uma aula a menos. Ela arruma os cabelos atrás da orelha, que linda orelha... olho pela janela, um pombo preto num prédio. Oi pombo, penso comigo... olho um grafite no chão. Oi grafite. Monotonia. Volto a olhar a janela. Caralho, que pombo dos infernos, foi voar, bateu no nada e explodiu. Porra o pombo explodiu, sumiu numa fumaça negra. Como assim? Essa cidade esta doida, vampiros, pombos-bomba, o que mais falta? A Ti não vai acreditar. Vou até o banheiro, lavo o rosto, só pode ser o sono, devia ter dormido mais.
Quando saio, outro susto. Parada na porta do banheiro, me encarando e fazendo bola com um chiclete vermelho esta uma garota divina. Não deve ter mais de um metro e sessenta, mas seus cabelos vermelho fogo, seus lábios pintados da mesma cor, seu corpo totalmente esculpido e seus intensos olhos me dão a certeza de que ela não pode ser humana. Fico preso no seu olhar. Um sorriso em seus lábios, esta claramente se divertindo com meu espanto. Me joga uma moeda:
- Se cuida lindinho, não quero te levar ainda.
Me atrapalho para pegar a moeda, que cai no chão. No instante que desvio o olhar para pega-la escuto um estalo de chiclete sendo estourado. A garota não esta mais ali, sumiu simplesmente. Mais essa agora...