Devaneios de uma Garrafa de Rum (quatro copos)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Meus passos seguem vacilantes pelas prateleiras, como podem demorar ainda mais, passos tolos. Pego pelo gargalo uma empoeirada garrafa de Montila. Com a coca e o limão no carrinho pago a conta e sigo por essa cidade de interior. Minas e suas igrejas em praças...


Um brinde, o primeiro é seco, puro. Viro o primeiro copo para me lembrar da complexa equação da cuba. Mais rum, coca, rum, cabo de garfo para misturar os líquidos de diferentes densidades e efeitos. Limão, já superei o trauma... gelo.


A mente se acelera, esta assim a um bom tempo. Agora só a estou deixando livre. Provas, derivadas e relatórios somem frente o que vem dos confins. Uma palavrinha, duas sílabas e uma puta dor de cabeça. É preciso, segunda cuba no copo, andar. Fazer o que tem de ser feito, mas da uma preguiça... dá um medo...

Bem, foda-se... precisa de mais gelo.


Podia ser tudo mais fácil, bastava um monossílabo ao invés do discurso tão pronto, decorado e repetido. Deviam poupar meu tempo e usar siglas pelo menos. ÑQEA...OA... bola pra frente. Cansei de coca, isso faz mal causa erosão ácida.


Um brinde ao nada, ao tudo, a mim, ao destino de todos os homens.


Um brinde a roda da fortuna e as escolhas tolas.


Melhor ir dormir...

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